Atravessamos os Andes para conhecer Mendoza, a famosa “cidade dos vinhos” da Argentina. Chegamos na tarde do primeiro dia e nos despedimos da cidade após o almoço do terceiro dia.
A viagem foi curta, mas deu para aproveitar os principais passeios e atrações de Mendoza, com destaque para a visitação das vinícolas.
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Partimos de ônibus de Santiago do Chile e chegamos a Mendoza no final da tarde depois de fazermos a travessia dos Andes. O trajeto é bem demorado, mas é tão lindo que nem deu para cansar. Veja mais nesse outro post sobre a nossa travessia dos Andes de Santiago a Mendoza.
Na rodoviária pegamos um táxi até o hotel Gran Hotel Venus.
O Gran Hotel Venus tem uma ótima localização, bem central e com um preço muito bom em comparação aos outros hotéis de Mendoza. Só que ele é bem simples, daquele tipo de lugar apenas para dormir, sem muito conforto ou “extras”. O café da manhã também é normal, sem nada demais.
Quando chegamos tivemos um problema com a limpeza do quarto que não achamos 100% (e conforme nosso índice ILoveTrip de hotéis, limpeza é um dos quesitos básicos para escolha de uma hospedagem).
Depois de reclamarmos na recepção, o quarto foi limpo novamente. Por tudo isso, daríamos no máximo nota 8,0 (pelo preço e localização), indicamos apenas para viajantes econômicos.
Depois da nossa experiência em Mendoza e de ter contato com outros hotéis e outras experiências de viajantes, fizemos um post especial com os melhores hotéis por custo benefício para se hospedar em Mendoza, seja na região central ou na região das vinícolas.
Após o check-in e resolvido o problema do quarto, fomos fazer um passeio no centro da cidade.
A Plaza Independencia é uma das cinco praças da região central de Mendoza e é a principal e maior praça da cidade. O Centro de Mendoza é formado por 8 quarteirões de ponta a ponta, formando um quadrado perfeito.
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O quadrado é margeado pelas avenidas Las Heras, Belgrano, San Martín e Colón. A Plaza Independencia fica bem no centro desse quadrado da região central.
Curiosidade: as quatro outras praças (Plaza Italia, Plaza Chile, Plaza España e Plaza San Martín) ficam dispostas em um ângulo exato próximas às margens do quadrado. Com a Plaza Independencia no meio, as cinco praças do centro de Mendoza formam um desenho de um “x“ perfeito.
A disposição das praças e ruas foi planejada após um terremoto que destruiu a cidade. Na reconstrução, em 1863, as praças foram projetadas para serem rota de fuga em caso de um novo tremor.
A Plaza Independência segue a linha das demais praças de Mendoza: arborizada, gramada, com muitos bancos, tudo muito bem cuidado. Aqui fica uma linda fonte e um monumento que é aceso à noite, destacando o nome da cidade.
Saímos do hotel pela Av. Peru e na esquina com a Av.Colón paramos no The Coffe Store, cafeteria com ambiente bem legal que vende diversos tipos de bebidas quentes e cafés do mundo inteiro, inclusive o café brazuca (que na minha opinião não perde para nenhum outro!).
O The Coffee Store é um ótimo lugar para um café ou lanche da tarde e aproveitamos para tomar uma bebida quente que estava muito gostosa.
O hotel já tinha nos oferecido alguns tours, mas acabamos fechando uma excursão de meio dia com a empresa Mendoza Vista.
Como não tínhamos reservado os passeios às vinícolas com a devida antecedência, tivemos que abrir mão do almoço na vinícola Zuccardi (nossa primeira opção, devido a muitas recomendações) e visita à La Rural (muito recomendada também).
Mas no final conseguimos visitar algumas vinícolas bem legais, inclusive a Trapiche, também muito famosa na região.
E como são muitas vinícolas (mais de 100!), tínhamos que escolher algumas e todas são muito boas. Como manda o roteiro, o ideal é conhecer pelo menos duas vinícolas, uma grande e uma menor (também chamadas de vinícolas boutique).
Reservamos então nosso passeio de meio dia (Excursion Magia del Vinho) já para o dia seguinte incluindo o transporte, almoço na Bodega Familia Cecchin e visitas a Bodega Trapiche, Fabrica Aceite de Oliva PasRai e Club del Olivo (fabrica de licores).
O valor do passeio foi de 650 pesos argentinos, para duas pessoa. Consulte os preços atualizados e faça cotações das excursões em Mendoza, entrando em contato com o seu hotel e agências de turismo na cidade (um exemplo é entrar em contato com a Empresa Mendoza Vista pelo site www.mendozavista.com).
No próximo post daremos mais detalhes sobre nossa experiência de passeio pelas vinícolas de Mendoza.
A Plaza España é uma das quatro praças da borda da região central de Mendoza. Nosso passeio foi no início da noite, horário em que a praça fica toda iluminada e mais bonita ainda.
Alguns elementos na praça, como por exemplo os azulejos, foram trazidos da Espanha e dão um toque bem legal à decoração.
Seguimos para o Paseo Sarmiento, uma rua só de pedestres e muito agradável para um passeio, seja durante o dia ou à noite. Por ali existem muitos bares, restaurantes e cafés, com mesinhas convidativas espalhadas ao longo do calçadão que atraem pessoas para comer e beber o bom vinho de Mendoza.
Sentamos em uma das mesas do Paseo Sarmiento no restaurante “Aylen Resto Bar”. Para matar a fome depois de um dia intenso, pedimos um bom filé argentino acompanhado de claro, uma garrafa de vinho (em Mendoza, o vinho não pode pode faltar em nenhuma das refeições!).
No mapa abaixo você confere os endereços de todos os lugares que passamos na nossa viagem por Mendoza:
No segundo dia, na parte da manhã, visitamos duas das cinco praças do centro de Mendoza (Plaza Chile e Plaza San Martín), o Mercado Central e outros prédios históricos da cidade.
Voltamos para o hotel e partimos no final da manhã para conhecer as vinícolas de Mendoza.
No terceiro dia andamos um pouco mais pelo centro, fizemos as últimas comprinhas e após o almoço retornamos de ônibus para Santiago do Chile, cruzando novamente a lindíssima Cordilheira dos Andes.
A primeira parada do dia foi na Plaza Chile, uma das cinco praças do quadrado central de Mendoza. Como todas as outras praças, a Plaza Chile é super arborizada, com grama, um lindo chafariz e diversos bancos convidativos para sentar a apreciar a paisagem.
No centro da praça fica uma escultura representando a amizade entre Chile e Argentina, com os dois libertadores símbolos do país, San Martín(Argentina) e O’higgins (Chile).
A região de Mendoza está em uma área semi-árida onde quase não chove. Mesmo assim o que espanta na cidade é a quantidade de árvores espalhadas pelas ruas.
Isso é possível devido à um sistema de irrigação que armazena o degelo que desce das montanhas até chegarem às acéquias, valetas pavimentadas que ficam ao longo das principais ruas, ao lado das calçadas. No passeio pelo centro da cidade vimos muitas dessas curiosas canaletas.
Chegamos até a Plaza San Martín, uma homenagem ao herói nacional. No centro da linda praça fica uma estátua do libertador argentino, montado em um cavalo.
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Passamos também em frente ao belo prédio do Banco Hipotecário Nacional e aproveitamos para visitar o Posto de Informações Turística, na Secretaria de Turismo, para pegar mapas e mais informações sobre Mendoza.
Chegamos ao Mercado Central onde são vendidas frutas, doces, embutidos e diversos outros produtos alimentícios. O lugar não é muito grande, mas bem organizado.
Saindo do Mercado Central, voltamos sentido ao nosso hotel, com uma parada para um delicioso café em uma loja Havanna, marca argentina dos famosos alfajores.
Chegamos ao hotel e às 11h30 o motorista do tour (passeio que tínhamos reservado no dia anterior) apareceu para nos buscar.
Visitamos a fábrica de azeite Pasrai (Olivícola Boutique com degustação), vinícola Família Cecchin (visita, degustação e almoço), vinícola Trapiche (visita e degustação) e loja Entre Olivos ( fábrica de licores com degustação). Retornamos ao hotel por volta das 18h.
À noite jantamos na Pizzaria Buenos Momentos na Av. Colón. Nada muito agradável, bem fraquinha – não recomendamos!
Pela manhã, fizemos mais uma passeio pelas alamedas largas e arborizadas de Mendoza e fomos parar na Av. San Martín, muito movimentada e cheia de comércios. Essa parte de Mendoza não é tão bonita.
Na verdade não achamos Mendoza tão bonita quanto esperávamos (a expectativa era que Mendoza fosse mais arrumadinha, lembrando os bairros mais nobres de Buenos Aires). O legal da cidade são as ruas largas, planas e muito arborizadas, mas nada de construções e bairros de cair o queixo.
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A região das vinícolas de Mendoza já é bem especial, misturando as bodegas, plantações e Andes em uma única paisagem.
A parte bonita da Av. San Martín é chamada de Paseo Alameda, que começa na altura da rua Córdoba, fora do quadrado central de Mendoza. É uma calçada bem larga, parecendo mais um parque linear.
Ao longo do caminho você encontra canteiros de flores, algumas esculturas, além das árvores e a canaleta para escoar água. Esse espaço é bem agradável.
Paramos em uma das muitas lojas de doces “La Cabaña”. Uma ótima opção para comprar trufas, chocolates, bombons, alfajores e tudo quanto é doce! Fomos na loja da Av San Martín, 1.454. Mas você encontra lojas La Cabaña“ espalhadas por toda Mendoza, inclusive no terminal de ônibus onde chegamos e partimos para Santiago.
Fomos almoçar no restaurante “Estancia La Florencia”. O restaurante é grande, com mesas tanto na calçada como do lado de dentro. O ambiente é antigo, mas razoável.
O menu do restaurante é bem variado. Pedimos um peixe que estava muito bom. Ganhou ponto positivo e tá recomendado! Fica na Av Sarmiento, 658.
Após o almoço, fizemos nosso check-out, pedimos um táxi na recepção do hotel e seguimos para a rodoviária. De lá saiu nosso ônibus de volta para Santiago do Chile onde tivemos o privilégio de atravessar novamente a Cordilheira dos Andes, vendo tudo da janelinha.
Veja aqui como foi a nossa travessia de ônibus na Cordilheira dos Andes, do Chile para Argentina.
Contratamos um passeio com remis (motorista) de meio dia pelas vinícolas de Mendoza, na região de Maipú. Conhecemos duas bodegas (Trapiche e Família Cecchin), uma fábrica de azeite (Pasrai) e uma loja de azeite, licores e doces (Entre Olivos).
Existem diversas vinícolas e com certeza você terá que escolher dentre as muitas opções. O ideal é escolher entre duas a cinco vinícolas para o seu dia não ficar muito cansativo.
As principais regiões de vinícolas próximas a Mendoza são Maipú e Luján de Cuyo.
Em Maipú (mais próxima de Mendoza e que também é acessível por ônibus) as principais vinícolas são: Trapiche, La Rural e Familia Zuccardi.
Em Luján de Cuyo as principais vinícolas são Catena Zapata, Chandon e Ruca Malen.
Existem diversas opções de passeios pelas vinícolas de Mendoza, mas escolhemos o tour “Excursion Magia del Vinho”, da empresa Mendoza Vista. A empresa teve o melhor custo benefício (650 pesos argentinos para duas pessoas) dentre as opções disponíveis (deixamos para contratar o passeio quando chegamos a Mendoza).
O tour foi exclusivo e o motorista foi nos buscar no hotel por volta das 11h30.
Dica: pesquise e faça a reserva antes da viagem. Fica mais fácil escolher quais vinícolas você irá visitar.
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Algumas pessoas escolhem fazer o passeio de ônibus e chegando lá alugam uma bicicleta. Como tínhamos pouco tempo em Mendoza não conseguimos fazer esse passeio. A região é linda e essa opção é bem legal.
Claro que esse passeio não é para qualquer um. Apesar da região ser mais plana, as vinícolas não ficam tão perto umas das outras. Você também deve pensar que, depois de algumas taças de vinho nas degustações das vinícolas, fazer esforço andando de bike pode ser um super desafio.
Alugar carro nem pensar! Beber e dirigir pode ser um perigo e a fiscalização é rigorosa. Por isso, a melhor forma é contratar um tour por agência (com essa opção é muito difícil adaptar o tour totalmente ao seu gosto porque algumas paradas são em fábricas associadas à agência) ou um motorista particular (não temos indicação porque contratamos o tour com empresa, mas você consegue facilmente indicações com o seu hotel).
A primeira parada foi na fábrica de azeite PasRai. Uma das donas no guiou pela pequena fábrica (que conta com um museu com fotos e maquinários) e nos explicou sobre o processo de fabricação de azeite.
No quintal, vimos algumas árvores de azeitonas e, no final, chegamos à lojinha com diversos produtos para venda, inclusive cremes e uma infinidade de produtos derivados do azeite. A degustação também estava inclusa no tour.
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Aprender um pouco sobre a técnica de plantação, colheita e preparação do produto foi interessante e, como a fábrica é familiar, a atenção dada pela proprietária fez toda diferença.
Nossa primeira opção era almoçar na vinícola Zuccardi mas, como deixamos para reservar o passeio em cima da hora, a opção disponível era a vinícola Família Cecchin.
A vinícola boutique é familiar, mas não tão pequena. Primeiro entramos em um galpão onde fizemos um pequeno tour, passando por tonéis onde ficam armazenados os vinhos e uma loja rústica com diversos produtos da marca. A degustação foi excelente.
Fomos então ao casarão onde é servido o almoço. Tudo acompanhado de um bom vinho. Você pode escolher o cardápio e o horário que deseja almoçar na hora que contrata o tour.
A Trapiche é uma das vinícolas mais famosas da região de Maipú e uma das maiores de Mendoza. Esse foi o tour mais completo que tivemos.
A Trapiche está localizada em um prédio bem grande de uma antiga fábrica. Logo na entrada, o jardim bem cuidado já mostra a grandiosidade da vinícola. Na parte detrás do prédio fica um antigo trilho e vagão de trem.
O tour pela Trapiche foi o mais completo que fizemos. O guia do nosso grupo era um sommelier, que explicou detalhes da produção e armazenamento dos vinhos. Lá também visitamos um museu, todo o maquinário utilizado para produzir a bebida e, no final, uma deliciosa degustação.
Para fechar a tarde, passamos na pequena loja Entre Olivos, que vende azeites, licores de fabricação própria, doces e chocolates.
Apesar da loja ser uma daquelas paradas “pega turistas” (foi inclusa no tour pela agência Mendoza Vista) até que foi razoável e deu para degustar alguns sabores bem diferentes de licores.
Visitar duas vinícolas de tamanhos diferentes (uma grande e outra familiar) foi ótimo para conhecer diferentes tipos de produção e aprender um pouquinho mais sobre a arte dos vinhos.
A pequena fábrica de azeite também foi uma surpresa porque não conhecíamos nada sobre o processo de fabricação. Por isso, para um passeio com duração de meio dia e por termos feito a reserva com apenas um dia de antecedência, a experiência foi muito boa e valeu a pena.
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Uma resposta
Olá! Estarei viajando nos próximos dias e as dicas do Blog estão sendo muito úteis! Se possível, gostaria que me dissessem se, no percurso Santiago-Mendoza, tem parada para almoço.
Grata!